3 de julho de 2013

A Culpa é das Estrelas | John Green


Não é à toa que A Culpa é das Estrelas fez (e faz) tanto sucesso. Depois de ler tantas resenhas do livro e ouvir muitas pessoas comentando sobre, finalmente pude ler e até agora não encontrei uma palavra que possa descrever o que eu senti enquanto lia e, melhor ainda, o que eu senti quando terminei de ler. Um vazio; uma vontade de voltar no tempo e poder ler tudo de novo como se já não soubesse o final.

Hazel Grace é uma garota de 16 anos que tem câncer nos pulmões. Ela frequenta um grupo de apoio a crianças com câncer para agradar sua mãe e em um dos encontros do grupo ela conhece Augustus Waters, um jovem de 17 anos lindo - muito lindo! - que perdeu uma das pernas para o câncer e agora usa uma prótese. E é aí que toda a história começa.

Preciso dizer que desde o começo os personagens me conquistaram. Hazel Grace por ser tão realista e em nenhum momento ter tentado fazer com que alguém sentisse pena dela. Pelo contrário. Ela tinha consciência de si e da sua doença mas não queria que sentissem dó ou coisa parecida. Hazel sempre foi muito forte, mais por sua família do que por si mesma, deixando bem claro para o leitor todos os seus medos e inseguranças. Já Augustus me conquistou apenas por ser o Augustus. Um personagem irônico, engraçado e apaixonante, que tinha medo de morrer e ser completamente esquecido, sem deixar sua marca no mundo.

Com personagens muito bem construídos e uma narrativa simples e gostosa, este é um livro que te faz rir e chorar ao mesmo tempo, que te faz parar para pensar sobre o real sentido da vida e o que é importante de verdade. Ele não é só sobre câncer (que aliás, é tratado de maneira simples, para que todos possam entender); é também sobre o amor, a amizade e a família.

É bem difícil falar sobre a história e tentar explicar o que ela me fez sentir, mas Hazel definiu exatamente o que eu sinto ao pensar em A Culpa é das Estrelas quando definiu o que sentia sobre seu livro preferido:

"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma Aflição Imperial, do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." págs 36 e 37
Recomendo esse livro para quem quer que seja, porque todo mundo merece o prazer de conhecer esta história maravilhosa, com personagens tão reais e incríveis que permanecem vivos em nossas mentes até bem depois da última página, como se tivessem existido de verdade.

Ah, John Green! Eu leria até a sua lista de compras de supermercado! 

Editora: Intrínseca
Autor: John Green
ISBN: 9788580572261
Páginas: 283

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